terça-feira, 15 de abril de 2008

Sandro França

Paraná, belo gol, pelo blog... só de ver já senti saudades dos domingos embaixo de sol, correndo atrás da redonda...Outro dia vi de re-lance um jogo em um campinho na ponte da anhaguera...Enquanto houver espaço, existirá fut. de várzeas. Acho que não com o mesmo clamour de antes mas sempre movidos pelo mesmo sonho de ser um craque.Olha a escalação:berinho no gol, carioca, etc Abraço, Sandro

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Carlos Prieto - Gigi doSite : www.giginarede.com.br

Caro Marco Parana Primeiramente, parabens não só pelo seu blog, como também, pelo seu mestrado. É extremamente gratificante quando há o reconhecimento por alguém de um trabalho do interesse comum._Eu estou nessa empreitada por capricho pessoal. _Pratico o esporte até hoje nas minhas peladas de final de semana quando me encontro com muitos jogadores de nossa saudosa várzea. Saudosa, porque lamentávelmente, está na UTI por falta de campos._Na verdade, além de contribuir para a memória do esporte em geral, quero também homenagear todos aqueles que se dedicaram de corpo e alma a a prática do desporto. Portanto, carregadores de saco, treineiros, massagistas, marcadores, armadores, mesários, árbitros, enfim, toda uma gama de pessoas que nunca tiveram o seu devido reconhecimento._Ambos, fazemos menções a dois grandes historiadores do nosso futebol, que dividiam entre sí o prêmio de Pena de Ouro do Estado de São Paulo - Thomas Malzoni e De Vaney.Portanto, acredito estarmos bem servidos em nossas buscas, isto porque ambos foram reconhecidos como os melhores por toda crônica desportiva deste país._ E, coincidentemente, onheço alguém que defendeu sua tese de mestrado também com o esporte, chama-se Célio Nori, que editou um livro bastante ilustrativo sobre a prática do esporte na sua forma lúdica...nome do livro: "Boleiros de Areia"._ Devo inaugurar o meu site muito em breve...www.giginarede.com.br, podendo ser visto apenas o espêlho. Um grande abraço Carlos Prieto - Gigi

domingo, 13 de abril de 2008

Breve História da Várzea Capitulo da dissertação de mestrado de Marco Antonio Paraná pela PUC São Paulo 2001 A difusão e o sucesso do futebol no Brasil foi rápido, e já na primeira década do século muitos queriam praticar esse esporte. Com o inconveniente de não contar com bolas apropriadas importadas, os garotos pobres improvisavam. Usavam bolas feitas de meias e recheadas de pano, bolas de borracha, enfim qualquer material que se prestasse à prática desse esporte era utilizado, até mesmo laranjas. Era comum ver meninos em luta pela bola em qualquer terreno vazio e plano, que pudesse ser utilizado como campo. Ainda que não fosse gramado, não tinha importância; todos queriam jogar futebol. Em São Paulo, o interesse da população pelo futebol se deu através propagação dos clubes de várzea. Esses clubes eram formados por operários, trabalhadores, Breve História da Várzea Capitulo da dissertação de mestrado de Marco Antonio Paraná pela PUC São Paulo
time de operario

Campo do Bangu 1914 , fabrica ao fundo

foto Francisco Carregal )sentado as esquerda) time do Bangu 1905 A difusão e o sucesso do futebol no Brasil foi rápido, e já na primeira década do século muitos queriam praticar esse esporte. Com o inconveniente de não contar com bolas apropriadas importadas, os garotos pobres improvisavam. Usavam bolas feitas de meias e recheadas de pano, bolas de borracha, enfim qualquer material que se prestasse à prática desse esporte era utilizado, até mesmo laranjas. Era comum ver meninos em luta pela bola em qualquer terreno vazio e plano, que pudesse ser utilizado como campo. Ainda que não fosse gramado, não tinha importância; todos queriam jogar futebol. Em São Paulo, o interesse da população pelo futebol se deu através propagação dos clubes de várzea. Esses clubes eram formados por operários, trabalhadores, gente comum que não podia entrar em clubes tradicionais como o Paulistano. Assim, a Várzea do Carmo, que se estendia desde o atual Parque Dom Pedro II e Glicério até o Pari, se transformava em campos de futebol onde, já em 1.903 eram disputados os campeonatos desses clubes.

Varzea do Carmos 1914

Dentro de poucos anos os grêmios e pequenos clubes se multiplicavam nos campos de capim da Várzea. Em 1.914 o terreno foi aterrado dando origem a campos de terras vermelhas, e à mais próspera do futebol varzeano com os Argentino, Xl de Agosto, Herói das Chamas, Lira, Botafogo, Jaceguay, etc. ( antigos times de futebol ). Os mais antigos eram o Aliança e o Domitila, que eram rivais. O Paraíso e o Diamantino eram constituídos por jogadores negros. Tomás Mazzoni sintetizou bem esse fenômeno; “A Várzea era o início da carreira de clubes e jogadores. Foi a Meca do pequeno futebol. Por isso, seu nome ficou sempre como (...) prefixo do futebol dos bairros” Nesse período a Várzea se torna fornecedora de craques para os grandes clubes da primeira divisão. Os jogadores eram atraídos por empregos em empresas de algum sócio do clube, onde não precisavam trabalhar tanto, às vezes nem trabalhar, bastava se dedicar mais ao futebol, fazer o clube vencer. Surgiram os prêmios, os presentes, as propinas dadas aos jogadores pela vitória. A época do futebol para moços de família estava acabando e começava a ter início o falso amadorismo. O que realmente estava acontecendo é que o futebol se popularizava cada vez mais. Grande parte dos amantes do futebol, habitantes das duas maiores cidades do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, já se identificava com um clube de futebol. E queria ver a sua vitória, acompanhando-o, defendendo-o. O significado da palavra Várzea,é o nome que as pessoas davam as planícies férteis, cultivada num vale. Ou seja são terrenos que foram férteis um dia, mas devido ao crescimento da população urbana, esses terrenos foram transformados em campos de futebol de várzea, como espaço de lazer das periferias das grandes capitais. MAZZONI, Tomás. História do futebol no Brasil. São Paulo, Edições Leia, 1.950, pág. 20.gente comum que não podia entrar em clubes tradicionais como o Paulistano. Assim, a Várzea do Carmo, que se estendia desde o atual Parque Dom Pedro II e Glicério até o Pari, se transformava em campos de futebol onde, já em 1.903 eram disputados os campeonatos desses clubes. Dentro de poucos anos os grêmios e pequenos clubes se multiplicavam nos campos de capim da Várzea. Em 1.914 o terreno foi aterrado dando origem a campos de terras vermelhas, e à mais próspera do futebol varzeano com os Argentino, Xl de Agosto, Herói das Chamas, Lira, Botafogo, Jaceguay, etc. ( antigos times de futebol ). Os mais antigos eram o Aliança e o Domitila, que eram rivais. O Paraíso e o Diamantino eram constituídos por jogadores negros. Tomás Mazzoni sintetizou bem esse fenômeno; “A Várzea era o início da carreira de clubes e jogadores. Foi a Meca do pequeno futebol. Por isso, seu nome ficou sempre como (...) prefixo do futebol dos bairros” Nesse período a Várzea se torna fornecedora de craques para os grandes clubes da primeira divisão. Os jogadores eram atraídos por empregos em empresas de algum sócio do clube, onde não precisavam trabalhar tanto, às vezes nem trabalhar, bastava se dedicar mais ao futebol, fazer o clube vencer. Surgiram os prêmios, os presentes, as propinas dadas aos jogadores pela vitória. A época do futebol para moços de família estava acabando e começava a ter início o falso amadorismo. O que realmente estava acontecendo é que o futebol se popularizava cada vez mais. Grande parte dos amantes do futebol, habitantes das duas maiores cidades do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, já se identificava com um clube de futebol. E queria ver a sua vitória, acompanhando-o, defendendo-o. O significado da palavra Várzea,é o nome que as pessoas davam as planícies férteis, cultivada num vale. Ou seja são terrenos que foram férteis um dia, mas devido ao crescimento da população urbana, esses terrenos foram transformados em campos de futebol de várzea, como espaço de lazer das periferias das grandes capitais. fonte:MAZZONI, Tomás. História do futebol no Brasil. São Paulo, Edições Leia, 1.950, pág. 20.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

creditos: Todas as fotos são do site PORTAL DA MOOCA www.portaldamooca.com.br

Para matar um poco a saudade de velhos times, no tempo em que a bola de couro durorolva nos campos da Mooca, Bom Retiro, Santana , etc. As toquinha usadas pelos jogadores mais vaidos e faziam parte do uniforme deste esporte Bretão na cidade. O futebl chegou em São Paulo no inicio do século passado na mala de um filho de ingleses que acabara de chegar dos estudo da europa.
Charles Miller, nascceu no bairro do Brás em São Paulo, aos nove anos de idade viajou para Inglaterra para estudar. Lá tomou contato com o futebol e onde praticavam muito este esporte na escola onde estudou com seu irmão.
Charles Miiler retorna ao Brasil em 1894. E ja 1895 foi realizado a primeria partida de futebol no Brasil na cidade de São Paulo entre funcionários de empresas inglesas. Os funcionários também eram de origem inglesa. Isso facilitava muito por galar a linha e saber as complicadas regras recem chegadas. Este jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY.
Charles Miller
Fluminense FC Foto cedida por Antonio J. Desena
CBD F.C
Hugo do Canto da MoocaCairu F.C.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Comunidade da Linha

Sala de Estar= Várzea=espaços públicos=prazer

Tive o prazer de produzir mais um belo trabalho da artista plástica Tatiana Ferraz em parceria com a artista mineira Louise Ganz cujo tema foi intervenção urbana em São Paulo. Uma espécie piquenique em plena Avenida Politécnica na beira de um córrego Jaguaré muito poluído. Artistas e acadêmicos participaram do frango com farofa a convite da artista. No cardápio o tradicional frango com farofa, refrigerantes e cervejas, servido em talheres, copos e pratos laranja em inusitados moveis projetados pela própria artista. Isso sem falar no tapete vermelho que se destacava com o verde da grama e o concreto do córrego Jaguaré muito poluído. Um protesto muito bem humorado e inteligente, marca registrada em seus trabalhos. Quem teve a oportunidade de apreciar um pouco do trabalho, que esteve exposto em uma coletiva no Itaú Cultural Paulista, na mostra QUASE LIQUIDO com curadoria de Cauê Alves, com o nome de Sala De Estar pode perceber que não só o fim das praças com também dos campos de várzeas estão presentes em reflexões em diferentes correntes de pensamentos. Em minha opinião este trabalho serve como alerta tanto para a sociedade como para os órgãos públicos, pela escassez dos espaços de sociabilidade na cidade. São Paulo como muitas outras capitais, vem se reurbanizado desde a década de 50, não para as pessoas mais sim para os milhares de automóveis. com o nome de Sala De Estar pode perceber que não só o fim das praças com também dos campos de várzea estão presentes em reflexões em diferentes correntes de pensamentos. Em minha opinião este trabalho serve como alerta tanto para a sociedade como para os órgãos públicos, pela escassez cada vez maior dos espaços de sociabilidade na cidade. São Paulo como muitas outras capitais, vem se reurbanizado desde a década de 50, em cidades para carros e não mais para pessoas. E assim desaparecem campos de várzeas e praças publicas. Surgem gigantescos edifícios e espaçosos estacionamentos. Mais uma vez meus parabéns Tatiana Ferraz e Louise Ganz. Que viva a várzea e as praças!!! Marco Paraná .

Carlos Pimenta

Paraná, meus parabéns! Boa iniciativa. Abraços, siga em frente. Carlos Pimenta

Pedro Sales

Boa bola, Paraná o blog está bonito e parace que vai levantar poeira. Se conseguir recuperar, vou atrás, mando um material (tem até super 8) sobre o Astral - timaço de Campinas, do qual eu era zagueiro titularíssimo; vai tempo. Parabéns e saudações Pedro Sales

Cassio França

"Paraca, quero te parabenizar pela iniciativa. São atitudes como essa que preservam a nossa identidade cultural. De saída, já faço uma pergunta: Como anda o velho e bom "Desafio ao galo"? Abraço,Cassio"

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Um cara chamado Palito

Amigos varzeanos, Se tem um jogador que com certeza nunca esqueceria na minha vida este mestre da bola vermelha se chama Palito. Um camisa dez, que jogava no time Vila Harding do bairro Tremembé zona norte de São Paulo. Tinha uma elegância com a bola que dava gosto de assistir cada passe saído dos pés deste mestre varzeano. Viva o futebol de terra batida que ainda cria craques invisíveis como Palito, onde sua fama simplesmente permanece nas memórias dos apaixonados pro este esporte amador.

Comunidade da Linha - Um curta experimental de Bruno Garibaldi e Marco Parana

Lembraças da varzea

Desde pequeno tenho uma ligação muito especial com o futebol de várzea e seus humildes freqüentadores. Espero que neste blog eu possa contribuir com historias sobre este universo e também trazer informações culturais e curiosidades sobre este mundo tão fascinante que ainda vem resistindo às diversas agressões do chamado mundo moderno. Conto com vocês amante do futebol para manter este blog vivo durante um bom tempo. Então, ta lançao o desafiao: NO TEMPO DO TERRÃO. Abraços, Marco Paraná