fonte da pesquisa: Thiago Dias Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro
sábado, 27 de setembro de 2008
"Milionários Futebol Clube - São Paulo"
CRAQUE DA VÁRZEA
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
O FUTEBOL DA CIDADE NÃO MORREU. SÓ MUDOU DE LUGAR.(Flávio Adauto)
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Não gosto de futebol, mas gosto do Juventus
José Rodrigo Rodriguez
O Clube Atlético Juventus e a Mooca estarão sempre juntos na memória dos paulistanos. Mas para quem vive, viveu no bairro ou o freqüenta (meus avós moravam na Rua Ana Néri), a coisa é um pouco mais séria, um pouco mais difícil de definir.
Não se trata exatamente de uma paixão: deixemos de lado os clichês. Não é a tradição ou a simpatia do Moleque Travesso que, de maneira inexplicável, ganha jogos impossíveis e perde jogos fáceis .
Tampouco é a ligação do time com a comunidade italiana, tão importante para a Mooca e para a cidade de São Paulo. O Juventus não se explica por nada disso e não se deixa captar por nenhuma frase feita.
Talvez o time se explique por um interessante fenômeno: o Juventus é o que restou em mim do tempo em que eu gostava de futebol.
Eu era corintiano. Roxo. Acompanhava todos os jogos e assistia mesas redondas. Comprava a camisa de meu time e ia com ela ao estádio. Ficava emocionado em todos os jogos, discutia táticas e negociações de jogadores; escalava times com os melhores de todos os tempos. Dias e dias de conversas e furiosas polêmicas: o pacote completo.
Tudo isso passou.
Hoje não leio sequer o suplemento esportivo de meu jornal diário. Não sei os resultados das partidas do final de semana, a escalação do meu time ou a classificação de nossos principais campeonatos. Quando estou no bar, fico torcendo para que os amigos mudem de assunto.
Fico torcendo para que ninguém me faça uma pergunta direta sobre meu time ou sobre um tema qualquer, desses capazes de despertar a eloqüência de todo amante do Futebol. Para falar a verdade, o assunto me irrita, me incomoda; até me enerva um pouco. Melhor deixar para lá. Pois eu lembro exatamente o dia em que deixei de amar o futebol. Lembro da hora e do lugar, dos detalhes e das circunstâncias.
Era uma noite de junho, não estava muito frio. Cheguei cedo da faculdade e peguei algo para comer. Guardei meus livros no armário, tirei os sapatos, a jaqueta. Fui ao banheiro do corredor antes de sentar no sofá.
Comecei uma conversa que nunca terminou: meu pai morreu na minha frente, sem dar nenhum aviso. Meu futebol morreu com ele. Mas o Juventus, não.
O futebol não saiu completamente da minha vida. Ainda assisto a alguns jogos e sigo parte dos campeonatos. Apenas quando estou com meus irmãos, como meu pai faria. Não são meus filhos é certo, eles são os filhos dele. Por isso quando eu tiver os meus, não vai ser a mesma coisa.
Assisto aos jogos com eles, fingindo prestar atenção. Fingindo que me importo, finjo estar me divertindo. Finjo os gritos de gol e a tristeza da derrota. Com meus irmãos creio até ser capaz de ver um jogo ao vivo.
Comer vários cachorros frios, beber cerveja morna e cara. Pagar por lugares numerados mesmo sem ter muito dinheiro. Só para levar os meninos, como meu pai faria. Como ele fez tantas vezes, como eu gosto de lembrar.
Fazer tudo isso sozinho dói demais. Mas não dói ver o Juventus. Ele ficou. Mas por quê?
Não sei ao certo.
Todas as semanas visitávamos meus avós na Mooca e todas as semanas passávamos em frente ao clube. Todos os domingos, macarrão do Pastifício Mero: todos os domingos da minha vida. Fui algumas vezes ao estádio, principalmente quando era bem pequeno. Lá na Rua Javari, a rua da nossa pizzaria.
Eu era bem pequeno e o Juventus estava junto de todas essas coisas. Um projeto de gente, perto de todos os meninos. À vista de todos os homens, perto da casa da minha vó. Na boca dos avôs e suas mulheres; de seus filhos e de suas filhas. Ao alcance de qualquer pessoa, o Juventus nos preenchia.
Hoje não leio mais o jornal e finjo que gosto de assistir aos jogos. Finjo os gritos de gol, mas mesmo assim, assisto. Às vezes eu ligo a TV, às vezes convido um amigo. Ajudo a pagar a TV a cabo. Pay per view: Campeonato Brasileiro, Campeonato Paulista.
Pensando bem, pode ser até que eu volte a gostar de futebol! Mas o Juventus ficou, ele e seus jogos impossiveis. O Juventus ficou, com suas derrotas incriveis. O Juventus ficou, até eu deixar de ser gente.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Como tudo começou: São Paulo Futebol Clube
Curiosidades:
CURIOSIDADES DO FUTEBOL
PEQUENAS HISTÓRIAS
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Documentário PRETO CONTRA BRANCO
Filme - BOLEIROS " Era uma Vez o Futebol"
Filme PELÉ ETERNO
Documentário GINGA
terça-feira, 2 de setembro de 2008
quarta-feira, 28 de maio de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
Sandro França
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Carlos Prieto - Gigi doSite : www.giginarede.com.br
domingo, 13 de abril de 2008
Campo do Bangu 1914 , fabrica ao fundo
foto Francisco Carregal )sentado as esquerda) time do Bangu 1905 A difusão e o sucesso do futebol no Brasil foi rápido, e já na primeira década do século muitos queriam praticar esse esporte. Com o inconveniente de não contar com bolas apropriadas importadas, os garotos pobres improvisavam. Usavam bolas feitas de meias e recheadas de pano, bolas de borracha, enfim qualquer material que se prestasse à prática desse esporte era utilizado, até mesmo laranjas. Era comum ver meninos em luta pela bola em qualquer terreno vazio e plano, que pudesse ser utilizado como campo. Ainda que não fosse gramado, não tinha importância; todos queriam jogar futebol. Em São Paulo, o interesse da população pelo futebol se deu através propagação dos clubes de várzea. Esses clubes eram formados por operários, trabalhadores, gente comum que não podia entrar em clubes tradicionais como o Paulistano. Assim, a Várzea do Carmo, que se estendia desde o atual Parque Dom Pedro II e Glicério até o Pari, se transformava em campos de futebol onde, já em 1.903 eram disputados os campeonatos desses clubes.
Varzea do Carmos 1914
Dentro de poucos anos os grêmios e pequenos clubes se multiplicavam nos campos de capim da Várzea. Em 1.914 o terreno foi aterrado dando origem a campos de terras vermelhas, e à mais próspera do futebol varzeano com os Argentino, Xl de Agosto, Herói das Chamas, Lira, Botafogo, Jaceguay, etc. ( antigos times de futebol ). Os mais antigos eram o Aliança e o Domitila, que eram rivais. O Paraíso e o Diamantino eram constituídos por jogadores negros. Tomás Mazzoni sintetizou bem esse fenômeno; “A Várzea era o início da carreira de clubes e jogadores. Foi a Meca do pequeno futebol. Por isso, seu nome ficou sempre como (...) prefixo do futebol dos bairros” Nesse período a Várzea se torna fornecedora de craques para os grandes clubes da primeira divisão. Os jogadores eram atraídos por empregos em empresas de algum sócio do clube, onde não precisavam trabalhar tanto, às vezes nem trabalhar, bastava se dedicar mais ao futebol, fazer o clube vencer. Surgiram os prêmios, os presentes, as propinas dadas aos jogadores pela vitória. A época do futebol para moços de família estava acabando e começava a ter início o falso amadorismo. O que realmente estava acontecendo é que o futebol se popularizava cada vez mais. Grande parte dos amantes do futebol, habitantes das duas maiores cidades do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, já se identificava com um clube de futebol. E queria ver a sua vitória, acompanhando-o, defendendo-o. O significado da palavra Várzea,é o nome que as pessoas davam as planícies férteis, cultivada num vale. Ou seja são terrenos que foram férteis um dia, mas devido ao crescimento da população urbana, esses terrenos foram transformados em campos de futebol de várzea, como espaço de lazer das periferias das grandes capitais. MAZZONI, Tomás. História do futebol no Brasil. São Paulo, Edições Leia, 1.950, pág. 20.gente comum que não podia entrar em clubes tradicionais como o Paulistano. Assim, a Várzea do Carmo, que se estendia desde o atual Parque Dom Pedro II e Glicério até o Pari, se transformava em campos de futebol onde, já em 1.903 eram disputados os campeonatos desses clubes. Dentro de poucos anos os grêmios e pequenos clubes se multiplicavam nos campos de capim da Várzea. Em 1.914 o terreno foi aterrado dando origem a campos de terras vermelhas, e à mais próspera do futebol varzeano com os Argentino, Xl de Agosto, Herói das Chamas, Lira, Botafogo, Jaceguay, etc. ( antigos times de futebol ). Os mais antigos eram o Aliança e o Domitila, que eram rivais. O Paraíso e o Diamantino eram constituídos por jogadores negros. Tomás Mazzoni sintetizou bem esse fenômeno; “A Várzea era o início da carreira de clubes e jogadores. Foi a Meca do pequeno futebol. Por isso, seu nome ficou sempre como (...) prefixo do futebol dos bairros” Nesse período a Várzea se torna fornecedora de craques para os grandes clubes da primeira divisão. Os jogadores eram atraídos por empregos em empresas de algum sócio do clube, onde não precisavam trabalhar tanto, às vezes nem trabalhar, bastava se dedicar mais ao futebol, fazer o clube vencer. Surgiram os prêmios, os presentes, as propinas dadas aos jogadores pela vitória. A época do futebol para moços de família estava acabando e começava a ter início o falso amadorismo. O que realmente estava acontecendo é que o futebol se popularizava cada vez mais. Grande parte dos amantes do futebol, habitantes das duas maiores cidades do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, já se identificava com um clube de futebol. E queria ver a sua vitória, acompanhando-o, defendendo-o. O significado da palavra Várzea,é o nome que as pessoas davam as planícies férteis, cultivada num vale. Ou seja são terrenos que foram férteis um dia, mas devido ao crescimento da população urbana, esses terrenos foram transformados em campos de futebol de várzea, como espaço de lazer das periferias das grandes capitais. fonte:MAZZONI, Tomás. História do futebol no Brasil. São Paulo, Edições Leia, 1.950, pág. 20.