sábado, 27 de setembro de 2008

"Milionários Futebol Clube - São Paulo"

Rival do São Paulo contou com o argentino. Ídolo do Botafogo foi do Milionários, do Brasil "Di Stéfano" trocou o Millonarios pelo Real Madrid, no qual virou ídolo e é presidente de honra Pela grafia semelhante do nome, o clube colombiano Millonarios, rival do São Paulo nesta quarta-feira pela Copa Sul-Americana, às vezes é confundido com o Milionários EC, time que durante os anos 70 e 80 reuniu alguns dos maiores craques do futebol brasileiro. Aliás, ter estrelas é outra semelhança entra as equipes: Di Stéfano jogou por uma, Garrincha pela outra. O Millonarios da Colômbia foi fundado em 1937, em Bogotá. Com 13 títulos nacionais, é o maior campeão do país. Os “anos dourados” do clube foram entre 1949 e 1952, quando contava com o argentino Alfredo di Stéfano no elenco. Considerado um dos maiores times da história, apelidado de “Ballet Azul”, tinha ainda Pedernera, Rossi, Báez e Cozzi. Com Di Stéfano, o Millonarios foi campeão colombiano quatro vezes, além do Mundialito de 1953. O argentino jogou 292 partidas e marcou 269 gols. Após exibição de gala em um amistoso com o Real Madrid, na Europa, ele acabou vendido para o gigante espanhol. Lá, virou ídolo e atualmente é presidente de honra. No Milionários brasileiro os craques chegaram já velhos. O clube foi montado por João Mendes Toledo, falecido em 1999. O dirigente reuniu veteranos durante a da década de 70 e início da de 80. O principal nome era Garrincha, que não exibia mais a forma dos tempos de Botafogo mas entrou em campo quase 500 vezes entre 1974 e 1982. Djalma Santos e Rivellino foram outros campeões do mundo que vestiram a camisa do Milionários. Serginho Chulapa, Dudu, Roberto Dias, Adãozinho e César Lemos também defenderam o clube criado por Toledo. A finalidade da equipe era jogar em várias partes do país, em partidas festivas, o que aproximava a população dos ídolos. - Foi através do Milionários que o povo brasileiro ficou conhecendo o Garrincha homem – disse César Lemos em entrevista à revista Veja, em 1983.

Gazeta Press Djalma Santos e Garrincha: campeões do mundo com a seleção brasileira e estrelas do Milionários.

fonte da pesquisa: Thiago Dias Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro

CRAQUE DA VÁRZEA

Apaixonado pela várzea este senhor educado de poucas palavras, esconde em seu silêncio um universo de histórias varzeanas.
Aprtir de hoje vamos conhecer um pouco de das sua hisatóras, as passagens pelos campos varazeanos e também falar dos seus sonhos de ex-craque varazeano.
Seu nome, "Prisco Morrone" Hoje seu Prisco como é chamado por todos nos deu o prazer de apreciar algumas de suas relíquias fotograficas guardadas com muito carinho em uma velha pasta. Ex-jogador do “Milionários Futebol Clube - São Paulo", nos contara um pouco deste time de ex-jogadores que fizeram a história do nosso futebol arte.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O FUTEBOL DA CIDADE NÃO MORREU. SÓ MUDOU DE LUGAR.(Flávio Adauto)

Flavio Adauto (em pé), Ademir e Amilton Teixeira - Equipe do 23 de Maio FC do Belenzinho - 1963
Empoeirados livros registram a história do futebol. Jornais amarelados pelo tempo, carcomidos, revelam em suas manchetes centenárias as proezas de uma bola, feita de bexiga de boi, quando as disputas mais se assemelhavam a batalhas campais.Da "bola de capotão", com o "bigulim" à mostra, pronta a espetar testas destemidas, às bolas de hoje, produzidas em laboratórios espaciais, finas e delicadas como cristal, um longo caminho foi percorrido.A burguesia trouxe o futebol para o Brasil e os aristocratas ingleses trataram de difundi-lo como atividade nobre dos finais de semana. Árbitros eram vistos em casacas risca de giz e os uniformes dos contendores mais pareciam armaduras medievais. Os "sapatos de jogo", ou chancas, tinham biqueira metálica, cobriam o tornozelo e lembravam polainas dos bailes da Corte.Assistir a jogos de futebol, na baixada do Glicério, no Hipódromo da Moóca ou nos campos próximos à estrada de ferro (então SPR - São Paulo Railway, inglesa como o futebol que eles mesmos trouxeram) pelos lados da Lapa, era programa de quatrocentões na cidade de São Paulo. As mulheres, de vestidos longos e rendados e os homens de fraque e cartola. Sombrinhas para elas e bengalas para eles, completavam trajes dominicais.A terminologia inglesa marcou época. Zagueiro era "Half", homem gol, era "Center Four", goleiro era "Keeper", quem defendia era "Back" e os que jogavam eram "Players". O árbitro era "Referee".Assim a história começou a ser escrita. Nas várzeas dos nossos rios surgiram os primeiros campos.Hoje, próximos ao final do século 20, o jogo de bola pertence ao universo. Os ingleses inventaram, aqui o futebol foi aprimorado , fincou raízes, tornou-se pão e circo.Entre nós, a bola tem vida, pulsa, respira, emociona. O futebol, esse esporte profissional a partir de 1933, ou o de várzea mesmo, que é perpétuo e festa de todas as classes, incorporou-se ao povo como hino e bandeira. A seleção nacional passou a ser segunda pele da nação.Charles Müller trouxe a primeira bola, organizou o primeiro jogo, foi artilheiro e juiz. Sua história é unanime, faz parte da iniciação do futebol. Da primeira bola ao primeiro gol; dos calções abaixo dos joelhos aos árbitros em casacas; dos senhores da burguesia aos operários das multinacionais inglesas, celeiros dos craques da época, o salto para esse final de milênio nos leva a imaginar um mundo de ficção.O futebol hoje, é negócio, business, lazer, entretenimento; suas ações estão nas bolsas de valores, suas imagens, como Walter Disney, nos levam a um mundo de fantasias, fazem do saltitar de uma bola um show digno de Spilberg.Um gol, contudo, continua sendo o momento mágico que adorna o futebol desde os seus primeiros jogos, não importa se nas várzeas do Tietê, nos campos aristocráticos do Hipódromo ou nos modernos teatros e arenas de multi-uso geradas a partir de contratos milionários que fazem do futebol um grande negócio em todo o mundo. Espetáculo deste e do próximo século. O Novo SéculoFábrica de Talentos Este final de século marca uma grande revolução no futebol em todo o mundo. Ele continua diversão, paixão, esporte. Mas já não deixa espaço para amadores ou românticos, tal o grau de profissionalização que atingiu.O futebol, como negócio, é realidade incontestável.No passado, esperava-se pelo nascimento de talentos. Hoje, eles são produzidos em escala, numa indústria que privilegia a boa organização e a estrutura que nunca tiveram boas relações com os clubes.Da época romântica ficou a história. E as falências e concordatas, que não puderam ser evitadas, nem mesmo com taças e troféus.Basta lembrar os maravilhosos times do Santos Futebol Clube ou do Botafogo de Futebol e Regatas na década de 60 e vê-los agora no limiar do Terceiro Milênio.E em quase todo o mundo, exclusivamente como negócio, onde a matéria prima é o jovem a ser moldado numa Fábrica de Talentos, a produção de peças de reposição para o mercado do futebol passou a ser fundamental para manter aquecida a paixão que os clubes despertam.E no Brasil, como no resto do mundo, essa revolução não se limita a estádios de futebol. Ela atinge Bolsas de Valores e faz do Mercado de Capitais parceiro do dia a dia.O Brasil, historicamente, apesar dos pesares, manteve-se entre os países de ponta como produtor e exportador de talentos. Com sobras para vencer competições internacionais e ter, em quantidade invejável, sempre craques para repor. Suas Fábricas de Talentos estão em todos os espaços onde um par de traves possa ser fincado.Ainda que, no Brasil, agora já sem resistências para adaptar-se às mudanças que ocorrem em todo o mundo, as parcelas que o futebol movimenta sejam consideradas modestas se comparadas com países de ponta.Somente nos últimos anos estamos nos abrindo, de forma programada, às transformações que o futebol impõe, sem que tais mudanças permitam que se abra mão do pólo receptor e formador da matéria prima que consolida a Fábrica de Talentos. Ainda se joga futebol naCidade. Com muito amor. (Texto publicado em 6 de maio de 1999, em A Gazeta Esportiva, Coluna Causa & Efeito, de Flávio Adauto). " Faz tempo que ando procurando alguém para discutir um tema sobre o qual todo mundo fala, sem que ninguém consiga provar com exatidão aquilo que afirma como se fosse o mais sábio dos homens. Trata-se do fim do futebol varzeano, ou das peladas de final de semana.É que já não aceito mais a tese de que a várzea acabou e os campos sumiram, como se fosse uma verdade absoluta, como se centenas de milhares de brasileiros não fizessem da várzea, ainda, o seu grande amor.Li com prazer e atenção a coluna de José Geraldo Couto, na "Folha de S.Paulo", sob sugestivo título "Proíbido jogar bola na rua; crack pode", referindo-se à proibição do governo mexicano às suas crianças. Obviamente, proibindo jogar bola.Também assisti ao filme "Boleiros", de Hugo Giorgetti, que conta belas histórias de futebol. O assessor técnico foi o ex-zagueiro Luiz Carlos Gualter, dos meus tempos de repórter na "Folha". Tempos em que marcou Pelé com classe e competência.Contudo, como passei o dia a imaginar como seria o duelo entre Corínthians e Palmeiras, devorando jornais, ouvindo rádio e vendo televisão, confesso que não resisti a meter a minha colher nesse tema. Levando em conta que José Geraldo Couto anunciou que um dia vai querer escrever sobre o fim dos campos de várzea de São Paulo e os efeitos nefastos disso sobre o futebol e sobre a cidade.Foi cauteloso, sem a prepotência dos que anunciam logo na primeira frase que a várzea acabou, que não existe um campo sequer na cidade, que ninguém mais joga futebol, etc etc.É preciso entender que tudo mudou, mas que está longe, muito longe de acabar. O amor continua o mesmo, as disputas são até mais intensas, mesmo que o número de campos seja menor, os espaços livres para a bola de meia rareiem e a cidade já não seja tão romântica como no passado.Mas ainda são centenas os campos de várzea, milhares os times, muitos deles com 50, 60, 70 anos de vida sem nunca interromper suas atividades. Com muita história para contar. Não importa se no passado um determinado clube tinha quatro, cinco vizinhos, todos com seus campos próprios. Hoje, esses vizinhos dividem um só campo, sorteiam horários, mas jogam sempre, no mínimo uma vez por semana. E são mais de dois mil times em atividade, só na Capital de São Paulo.E, para os que não sabem, são dezenas os campos da cidade com iluminação artificial, que dividem com as quadras de salão e de futebol soçaite espaços para milhares de praticantes. Basta uma consulta às casas de material esportivo e a constatação será óbvia: o que mais se vende são chuteiras, meias, calções, caneleiras, bolas, enfim, material de futebol.Esse é um tema que não se esgota nem em uma, nem em duas, talvez nem em vinte Causa & Efeito como esta. . Que, diga-se, não tem a menor pretensão de ser a dona da verdade, mas apenas quer ajudar a mostrar que a várzea existe, está muito viva, ainda é a coisa mais importante na vida dos que habitam a periferia, justamente onde estão os campos e onde vive a várzea de hoje. Mas não dá para comparar com o passado. Como não dá para comparar muita coisa. Mas dizer que a várzea morreu, ou acabou, é quase um sacrilégio." Tudo Mudou. Mesmo sem recorrer a bibliotecas e arquivos, muitas histórias podem ser contadas sobre a cidade de São Paulo. Histórias recentes, ou nem tanto. Depende do que cada um tenha vivido ou das experiências acumuladas. E do interesse pelo que se passa à sua volta.Do final dos anos 50 até agora, sempre fui atento observador das histórias da cidade, vendo e sentindo cada uma de suas transformações.Do velho cinema de bairro ao empório obsoleto, tudo mudou e muito ainda há para ser mudado. O cinema, hoje, leva-se para casa, em vídeo estéreo; o empório está encaixado na prateleira do museu, dá vez ao Shopping Center de múltiplas funções.Mas foi no final dos anos 50, menino vindo do Interior, fazendo do futebol parceiro e confidente, que comecei a ouvir as primeiras histórias sobre a várzea na cidade de São Paulo.Fazendo-me personagem da própria paixão, o futebol foi a minha religião, substituindo a missa de domingo pelo par de chuteiras debaixo do braço e da camisa com distintivo no peito e número costurado nas costas a razão de contar cada minuto entre a segunda-feira e o domingo seguinte.Mas já naqueles tempos, vividos no Bairro do Belenzinho, portão da Zona Leste de São Paulo, ouvi histórias deliciosas na Vila Maria Zélia, espécie de condomínio fechado dos anos 30, criada para ser prisão de políticos e que foi transformada em polo residencial dos operários da Tecelagem trazida pelos ingleses ( assim como o futebol ). Era a época pré-industrial da cidade e os mais antigos, nascidos no começo do século, já diziam que "a várzea tinha acabado".Ficava a imaginar como teria sido antes dos anos 50. Pelo que os mais velhos contavam, chegava a delirar, imaginava São Paulo como um gigantesco campo de futebol, onde tudo era várzea e todos os espaços eram reservados ao lazer. Pouco deveria sobrar para chácaras, ruas, casas, empórios, enfim, para a cidade e seu cotidiano.Nos dicionários tomava conhecimento de que a várzea era formada "por terrenos baixos e planos que margeiam os rios".Passados quase 50 anos, já nem sei quantas vezes ouvi, de forma categórica e professoral que "a várzea acabou". O que acabou ? Resolvi pesquisar, estudar o assunto. E nada está mais vivo do que a várzea, mesmo que ela não esteja nas margens dos rios, já não seja feita apenas dos campos de terra batida, ladeados por cercas de ripas e nas imediações da Praça da Sé, então ponto de referência para todas as distâncias.Em 1940, São Paulo tinha 1.326.261 habitantes. E quantos campos de futebol ? Quantos times ?Não se sabe ao certo. Contam os mais velhos - sempre eles, memória viva que se apaga sem reposição - que eram muitos, que os campos de futebol estavam em todos os cantos da cidade, que em cada esquina havia um time. E quantas eram as esquinas para pouco mais de 1.300.000 habitantes ?Em 1950, São Paulo chegou a 2.198.096 habitantes. E não se sabe quantas esquinas tinha, quantos times ou quantos campos.A única coisa que se sabe é que "a várzea tinha acabado".Nessa época, a televisão chegou ao Brasil. O cinema e o futebol já não dominavam o lazer na cidade, além do rádio com suas novelas e anúncios de biotônico. O rádio já era coisa antiga.Das histórias que ouvi e do que li sobre os anos 50 - e antes disso -, a cidade de São Paulo, tomando como referência a Praça da Sé, estendia-se aos distantes bairros da Penha, da Moóca, do Ipiranga, Jabaquara, Butantã, Jaçanã, Pinheiros, Lapa, enfim, um cinturão que envolvia a Sé, num raio pouco superior a 10 quilômetros, a espera das avenidas e da anunciada explosão imobiliária.A várzea e seus times românticos moviam-se na carroceria dos caminhões, comemoravam suas conquistas com aguardente e groselha tomadas nos troféus que se disputava a cada final de semana.Em 1960, São Paulo explodiu, atingiu 3.666.701 habitantes. Mas nada de preservar seus campos. Ou registrar para a história quantos eles eram, quais os seus times mais tradicionais, quantas eram as suas esquinas.A indústria automobilística chegou no final dos anos 50 e a explosão imobiliária veio atrás. Ir ao Litoral deixou de ser aventura, a televisão já fazia muitos cinemas falirem, mas ainda se jogava futebol na cidade. Mesmo que muitos campos, como os das margens do Tietê, da Baixada do Glicério, dos Morros da Bela Vista, das colinas do Ipiranga, já estivessem condenados. O Tietê recebeu o asfalto das marginais em suas laterais, os Morros da Bela Vista, com os campo do Lusitano, do Édem, do Boca Júniors, deram lugar à Avenida 23 de Maio, ligando o centro a Congonhas.E os campos da Bela Vista, no coração de São Paulo, são apenas um exemplo. O progresso engoliu suas traves, sua história. Como foram engolidos dezenas, talvez centenas de campos da cidade, num raio estimado em até 10 quilômetros do marco zero, a Praça da Sé.Tudo foi devastado, substituído por prédios, avenidas, shoppings. Mas então, já nos anos 70 (São Paulo chegou a 5.924.615 habitantes) ninguém preocupou-se em fazer um balanço sobre o que a cidade possuía e como ela seria transformada, adaptada aos anos modernos.Ainda assim, jornalista desde o final dos anos sessenta, continuei ouvindo as mesmas histórias. De que a várzea tinha acabado e São Paulo, esse canteiro de obras, seria uma cidade-presídio, sem lazer, sem vida, sem amor.Quando em 1980 chegamos a 8.493.226 habitantes apenas na cidade de São Paulo, receei que não deveriam existir sequer os contadores de histórias.São Paulo mudou. A São Paulo dos anos 30, 40 ou 50, essa já não existe. A São Paulo dos 500 mil habitantes, ou dos 1.326.261 moradores dos anos 40, também não. Essa já faz parte dos livros, já está nos museus e bibliotecas. Pode ter deixado saudades, mas é história vaga, sem que suas esquinas, seus campos e seus times tenham sido contados. São Paulo hoje Com 9.839.436 habitantes - censo do IBGE de 1996 - , como São Paulo vive hoje ? Existe lazer na cidade ? O futebol faz parte dessa gigantesca estrutura de concreto ? É parte integrante de seu lazer ? Quantos quilômetros tem a Cidade de São Paulo a contar da Praça da Sé ?Respostas exatas, claras, que não deixem dúvidas, inexistem. Quantos cinemas foram substituídos por templos religiosos ? Quantos são os bingos, as casas de vídeos, os shoppings, os automóveis ?Tudo tem sido feito por estimativas, com alguns raros dados confiáveis. Os que consegui fui ver de perto, descobrindo que São Paulo não é mais a cidade com um raio de 10 quilômetros a contar da Praça da Sé e que seus campos já não estão nas margens dos rios - mesmo que alguns ainda se mantenham fiéis ao passado - mas existem em número suficiente para que a cidade ainda faça do futebol o seu principal lazer.A Secretaria das Administrações Regionais de São Paulo diz que existem hoje 96 Distritos e 2.408 Vilas, Praças, Bairros e Jardins, nas quatro Zonas da cidade. Há 20 anos, eram menos de mil. Há 30 ou 40 anos, apenas algumas dezenas de Bairros ilustravam o Guia Levi, publicação que em poucas páginas relacionava todas as ruas da cidade. Hoje, são milhares de ruas, de praças, de esquinas e nenhum mapa cartográfico que mostre a cidade com exatidão. Seus times já não poderiam estar em todas as esquinas e de seus campos já não poderiam avistar a Praça da Sé.Da mesma forma que São Paulo mudou, o futebol e a várzea também mudaram. O Futebol da Cidade não morreu. Só mudou de lugar.Segundo a Secretaria Municipal de Esportes, existem em São Paulo, hoje, 2.575 Entidades Esportivas Registradas, 80% delas com times de futebol. Ou seja, quase 2.000 times com Ata Registrada em Cartório e Diretoria legalmente constituída.Segundo ainda os números da Secretaria Municipal de Esportes, que administra 36 Centros Educacionais - conjuntos com piscinas, quadras e campos de futebol - e 99 CDMs ( Centros Desportivos Municipais ), todos com campos para a prática de futebol, ela administra, no total, 421 espaços na cidade de São Paulo onde um par de traves forma um latifúndio para a população da periferia.E essa periferia hoje é composta por quase todos os habitantes da cidade, levando-se em conta que apenas 436.555 pessoas vivem na zona central de São Paulo. A Zona Leste tem 2.162.529 habitantes, a Zona Norte 1.110.903; a Noroeste, 1.156.005; a Sul, 1.929.282; a Sudeste, 1.799.284 e a Zona Sudoeste, 1.244.878 habitantes. São dados do IBGE de 1.997.Além de todos os 421 espaços municipais e das 2.575 Entidades Registradas na Secretaria de Esportes, são centenas os campos na nova São Paulo, essa que está bem além do raio de 10 quilômetros da Praça da Sé. Em alguns casos, como Parelheiros, na Zona Sul, ou Itaim Paulista, na Zona Leste, 30 quilômetros distantes do marco zero de São Paulo.Nessa nova São Paulo, o lazer ainda continua sendo o futebol de várzea. Já sem os caminhões para transportar jogadores, sem o troféu com aguardente e groselha.Afinal, a periferia também tem automóvel, Shopping, cinema, vídeo, lanchonete, danceteria. Também desce a serra e vai à praia.Só não dá para dizer que a várzea acabou.Em 1995, por teimosia, resolvi organizar um grande campeonato só para times de várzea e esqueci de estabelecer um número limite de participantes. Quando soube que as inscrições passavam de 1.000 times e só existiam 120 vagas, corri a fazer uma eliminatória, tomando o cuidado de nos anos seguintes estabelecer critérios que truncassem tal explosão. A várzea mudou de lugar, expandiu-se, deixou o centro, foi substituída por prédios e avenidas. Iniciou-se um novo ciclo. Os historiadores, não. Talvez eles não tenham se dado conta que os campos estão mais distantes.Ainda assim, não existe na cidade, em nenhum de seus órgãos oficiais, um só departamento que possa oferecer números finais e verdadeiros sobre quantos são os campos ou times em atividade hoje.Como também ninguém contou quantos eram os campos e os times até o início da explosão imobiliária.Por isso mesmo, é preciso por fim ao mito sem criar a ficção.A várzea existiu, existe e talvez não morra nunca.Pouco importa se não conservou o romantismo do passado.Ou a cidade de São Paulo continua a mesma?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Não gosto de futebol, mas gosto do Juventus

José Rodrigo Rodriguez

O Clube Atlético Juventus e a Mooca estarão sempre juntos na memória dos paulistanos. Mas para quem vive, viveu no bairro ou o freqüenta (meus avós moravam na Rua Ana Néri), a coisa é um pouco mais séria, um pouco mais difícil de definir.

Não se trata exatamente de uma paixão: deixemos de lado os clichês. Não é a tradição ou a simpatia do Moleque Travesso que, de maneira inexplicável, ganha jogos impossíveis e perde jogos fáceis .

Tampouco é a ligação do time com a comunidade italiana, tão importante para a Mooca e para a cidade de São Paulo. O Juventus não se explica por nada disso e não se deixa captar por nenhuma frase feita.

Talvez o time se explique por um interessante fenômeno: o Juventus é o que restou em mim do tempo em que eu gostava de futebol.

Eu era corintiano. Roxo. Acompanhava todos os jogos e assistia mesas redondas. Comprava a camisa de meu time e ia com ela ao estádio. Ficava emocionado em todos os jogos, discutia táticas e negociações de jogadores; escalava times com os melhores de todos os tempos. Dias e dias de conversas e furiosas polêmicas: o pacote completo.

Tudo isso passou.

Hoje não leio sequer o suplemento esportivo de meu jornal diário. Não sei os resultados das partidas do final de semana, a escalação do meu time ou a classificação de nossos principais campeonatos. Quando estou no bar, fico torcendo para que os amigos mudem de assunto.

Fico torcendo para que ninguém me faça uma pergunta direta sobre meu time ou sobre um tema qualquer, desses capazes de despertar a eloqüência de todo amante do Futebol. Para falar a verdade, o assunto me irrita, me incomoda; até me enerva um pouco. Melhor deixar para lá. Pois eu lembro exatamente o dia em que deixei de amar o futebol. Lembro da hora e do lugar, dos detalhes e das circunstâncias.

Era uma noite de junho, não estava muito frio. Cheguei cedo da faculdade e peguei algo para comer. Guardei meus livros no armário, tirei os sapatos, a jaqueta. Fui ao banheiro do corredor antes de sentar no sofá.

Comecei uma conversa que nunca terminou: meu pai morreu na minha frente, sem dar nenhum aviso. Meu futebol morreu com ele. Mas o Juventus, não.

O futebol não saiu completamente da minha vida. Ainda assisto a alguns jogos e sigo parte dos campeonatos. Apenas quando estou com meus irmãos, como meu pai faria. Não são meus filhos é certo, eles são os filhos dele. Por isso quando eu tiver os meus, não vai ser a mesma coisa.

Assisto aos jogos com eles, fingindo prestar atenção. Fingindo que me importo, finjo estar me divertindo. Finjo os gritos de gol e a tristeza da derrota. Com meus irmãos creio até ser capaz de ver um jogo ao vivo.

Comer vários cachorros frios, beber cerveja morna e cara. Pagar por lugares numerados mesmo sem ter muito dinheiro. Só para levar os meninos, como meu pai faria. Como ele fez tantas vezes, como eu gosto de lembrar.

Fazer tudo isso sozinho dói demais. Mas não dói ver o Juventus. Ele ficou. Mas por quê?

Não sei ao certo.

Todas as semanas visitávamos meus avós na Mooca e todas as semanas passávamos em frente ao clube. Todos os domingos, macarrão do Pastifício Mero: todos os domingos da minha vida. Fui algumas vezes ao estádio, principalmente quando era bem pequeno. Lá na Rua Javari, a rua da nossa pizzaria.

Eu era bem pequeno e o Juventus estava junto de todas essas coisas. Um projeto de gente, perto de todos os meninos. À vista de todos os homens, perto da casa da minha vó. Na boca dos avôs e suas mulheres; de seus filhos e de suas filhas. Ao alcance de qualquer pessoa, o Juventus nos preenchia.

Hoje não leio mais o jornal e finjo que gosto de assistir aos jogos. Finjo os gritos de gol, mas mesmo assim, assisto. Às vezes eu ligo a TV, às vezes convido um amigo. Ajudo a pagar a TV a cabo. Pay per view: Campeonato Brasileiro, Campeonato Paulista.

Pensando bem, pode ser até que eu volte a gostar de futebol! Mas o Juventus ficou, ele e seus jogos impossiveis. O Juventus ficou, com suas derrotas incriveis. O Juventus ficou, até eu deixar de ser gente.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Como tudo começou: São Paulo Futebol Clube

Leônidas da Silva, o "Diamante Negro", faz o primeiro gol de bicicleta da históriaSão Paulo Futebol Clube
Até hoje ha controversias sobre a data de fundação do clube. Foi 1930 ou 1935? - O São Paulo FC nasceu em 26 de janeiro de 1930, da fusão entre o Clube Athlético Paulistano e Associação Athletica das Palmeiras; O uniforme escolhido levou o branco e o vermelho do Paulistano e o preto e branco da AA das Palmeiras. Em 1935 o São Paulo fundiu-se novamente, desta vez com o Clube de Regatas Tietê, adotando o nome deste. Alguns dirigentes não gostaram de perder o seu São Paulo, deixaram o Tietê e, no dia 16 de dezembro de 1935, criaram novamente o São Paulo FC. A Federação Paulista de Futebol reconhece os titulos do antigo São Paulo da Floresta para o clube atual, a contra-gosto dos rivais.A primeira partida de futebol do clube foi realizada em 1930, contra a equipe do CA Ypiranga. São Paulo 1x0 Ypiranga, gol marcado pelo atacante Formiga. E, a maior goleada aplicada pelo Tricolor em clássicos paulistas, aconteceu no dia 18 de junho de 1944, São Paulo 9x1 Santos. - Serginho Chulapa é o maior artilheiro da historia do clube com 242 gols marcados.Mascote » Santo São Paulo, foi criado na década de 40 por um cartunista do jornal A Gazeta Esportiva, a imagem do santo agradou a todos os São-paulinos e permanece até hoje como mascote oficial do clube. O verdadeiro santo morreu jovem, mas o simbolo é um velhinho.No periodo entre 1985 a 1994, o São Paulo levantou mais de trinta taças. As mais importantes foram o bi-Mundial Interclubes e o bi da Libertadores em 1992 e 1993.O primeiro Interclubes teve a marca de Raí. Em grande fase, o craque marcou os dois gols na vitória contra o Barcelona. No ano seguinte, foi Müller o nome do jogo na vitória por 3x2 em cima do Milan, marcando o gol do título com o traseiro. Telê Santana foi o treinador da equipe na maioria das conquistas neste perído.Entre os grandes idolos do São Paulo podemos citar Artur Friendereich, Leônidas da Silva, Valdir Perez (mais de 600 partidas pelo tricolor) e Rogério Ceni (com mais de 700 partidas), Falcão, Cafu, Dario Pereyra, Teixeirinha (jogador que defendeu por mais de 16 anos as cores do clube, entre 1939 e 1956), o Mestre Telê Santana - treinador eternizado pela torcida; e Adhemar Ferreira da Silva, bi-campeão Olimpico do atletismo e Éder Jofre, campeão mundial de boxe.

Curiosidades:

Curiosidades: Você sabe o nome do primeiro time do mundo?
Tudo começou com eles. A paixão que você sente por um time de futebol tem muito a ver com os homens da foto, integrantes do primeiro time da história, o Sheffield Football Club, que ontem completou 150 anos. Além de ter sido o primeiro grupo a se organizar como time de futebol, também adotou o primeiro conjunto de regras do novo esporte. O clube surgiu de uma idéia de dois amigos, William Prest e Nathaniel Creswick, que queriam uma alternativa de esporte para o inverno, quando não podiam praticar o críquete. Escolheram o futebol, que estava começando. Em seguida, definiram o regulamento, conhecido por Código de Sheffield, que serviu de base para as primeiras partidas. Cinco anos depois, já havia 15 times. Nesses 150 anos, o Sheffield permaneceu amador, joga em um estádio para 1,5 mil torcedores, mas é um dos dois únicos clubes do mundo (ao lado do Real Madrid) a exibir em sua sede a Ordem do Mérito da Fifa por sua história.

CURIOSIDADES DO FUTEBOL

Curiosidades do futebol: Você sabe quem foi o jogador Filó?
Filó, nascido Amphilóquio Guarisi Marques em 26 de dezembro de 1905 na cidade de São Paulo, era filho de Manuel Augusto Marques, então presidente da Portuguesa de Desportos. Começou a trajetória futebolística no clube do pai em 1922 atuando na ponta-direita (posição que atuaria até o final de sua carreira). Dono de muita habilidade e velocidade logo chamou a atenção do então treinador lusitano. Sua estréia no time principal da Lusa foi em 30 de abril daquele ano na derrota por 2 a 0 para o Paulistano. Seus primeiros companheiros de ataque naquele dia foram Salerno, Dino, Coelho e Mancuso. Ainda no time do Canindé entrou para a história do futebol paulista ao marcar todos os 5 gols do empate de 5 a 5 de seu time contra o Brás pelo campeonato estadual de 1924. Visto suas boas atuações pela Portuguesa teve passagem também pela seleção paulista de futebol, onde estreou no dia 9 de novembro de 1924 com 2 gols na vitória sobre a seleção do Paraná por 5 a 0.Filó Deixou o time da zona norte paulistana e juntou-se ao Paulistano, então melhor time do estado, em 1925. Antes do início do estadual daquele ano a equipe de Filó excursionou pela Europa e mais uma vez o jogador entrou para a história: marcou um gol na épica vitória sobre a seleção da França por 7 a 2. Com o clube foram três títulos paulistas – 1926 (tornou-se também artilheiro da competição com 16 gols), 1927 e 1929. Do Paulistano partiria para o Corinthians em 1929, onde se sagrou campeão estadual no mesmo ano (pois o corintianos disputavam o campeonato por outra liga, a APEA**, enquanto o Paulistano atuava pela LAF***), 1930 e em 1937 (na sua segunda passagem pelo clube).Sua convocação para a Copa do Mundo de 1930 era dada como certa até que a liga carioca de futebol entrou em atrito com a paulista. Como a CBD (Confederação Brasileira de Desportos – hoje CBF) era sediada na capital fluminense e com grande influência da cartolagem daquele estado foram chamados apenas jogadores dos clubes do Rio de Janeiro – com exceção do centroavante santista Araken Patusca, que estava afastado do elenco do seu clube. Esse desentendimento entre as ligas custou a não participação de grandes nomes do futebol brasileiro da época como o de Arthur Friedenreich e de Feitiço. O resultado foi o fracasso no mundial do Uruguai. Pelo selecionado brasileiro foram apenas 6 partidas (2 não-oficiais) de Filó, com 2 gols marcados entre 1925 e 1930.No ano de 1931 mais uma vez Filó entraria para a história do futebol brasileiro como o primeiro atleta do país a ser negociado para o exterior. O ponta-direita passou a vestir a camisa da Lazio, da capital italiana Roma. Por lá foram 5 temporadas (1931-36), 185 jogos e 63 gols, uma boa média que o levou a ser convidado a atuar pela Squadra Azzurra. Como era filho de mãe italiana, Filó facilmente obteve a cidadania européia. Ainda chateado por não ter participado de um mundial pelo seu país de origem devido a brigas alheias entre ligas, Amphilóquio aceitou o convite e passou a defender as cores azuis da Itália, agora sob o nome de Anfilógino Guarisi, nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1934, que se realizaria no próprio país (aliás, esta foi a única oportunidade em que o país anfitrião da Copa teve que participar das eliminatórias).Guarisi, como agora era reconhecido na Itália, deixou outro marco na história do futebol do Brasil: antes dos vencedores de 1958 o país já tinha seu campeão mundial – Filó. O jogador foi o primeiro brasileiro a erguer uma taça de campeão mundial de futebol, em 1934, mas atuando pela Itália. Nessa Copa Filó só entrou em campo uma única vez, na estréia de sua seleção diante dos EUA na vitória por 7 a 1. Pela Azzurra foram 6 partidas e um gol marcado (diante da Grécia nas Eliminatórias para a Copa).Em 1937 retorna ao Brasil para defender novamente o Corinthians, ano em que conquistaria mais um estadual, até 1939. Em 1940 encerrou sua brilhante carreira vencendo mais um Campeonato Paulista pelo Palestra Itália (atual Palmeiras).Amphilóquio, Anfilógino, Guarisi ou simplesmente Filó nos deixou em 8 de junho de 1974 e ficou marcado na história do nosso futebol como um pioneiro das mais diversas conquistas.Abaixo, dados e estatísticas do nosso primeiro campeão mundial de futebol:* Nome: Amphilóquio Guarisi Marques (depois alterado para Anphilógino Guarisi Marques).* Apelido: Filó ou Guarisi.* Nascimento: 26 de dezembro de 1905 em São Paulo/SP.* Posição: Ponta-direita.* Clubes (5): Portuguesa (1922/24), Paulistano (1925/29), Corinthians (1929/31 e 1937/39), Lazio/ITA (1931/36) e Palestra Itália (1940).* Títulos (8): Campeonato Paulista (1926, 1927, 1929 - LAF, 1929 - APEA, 1930, 1937 e 1940), Copa do Mundo (1934).* Artilharia (1): Campeonato Paulista de 1926 (16 gols).
* Seleção Brasileira: 6 jogos e 2 gols.
* Seleção Italiana: 6 jogos e 1 gol.
** APEA: Associação Paulista de Esportes Atléticos.
*** LAF: Liga dos Amadores do Futebol.

PEQUENAS HISTÓRIAS

Primeiro jogo do Palestra Itália: Palestra Itália 2 x 0 Sabóia, 24/01/1915, (Conquistamos também a nossa primeira taça: Taça Savóia); Primeiro gol do Palestra Itália: Bianco, em 24/01/1915, Palestra Itália 2 x 0 Savóia; Primeiro gol do Palestra Itália no Campeonato Paulista: Radamés Gobbato, em 13/05/1916, Palestra Itália 1 x 1 Mackenzie; Primeiro gol do Palmeiras no Campeonato Brasileiro: César Maluco, em 07/08/1971, Palmeiras 1 x 0 Portuguesa-SP; Primeiro gol do Palmeiras na Copa do Brasil: Tonhão, em 14/07/1992, Palmeiras 1 x 0 Sampaio Correia-MA; Primeiro gol do Palmeiras na Copa Libertadores da América: Gildo, em 04/05/1961, Palmeiras 2 x 0 Independiente-ARG; Primeiro gol do Palestra Itália em partidas internacionais: Imparato II, em 26/10/1922, Palestra Itália 4 x 1 Seleção do Paraguai (disputa da Taça Guarani); Maior goleada em jogos oficiais: Palestra Itália 11 x 0 S.C. Internacional da Capital, em 08/08/1920, Campeonato Paulista; Maior goleada: Palmeiras 15 x 0 Seleção do Vale D'Aosta-ITA, em 15/07/1999, Taça Valle D'Aosta; Maior goleada sofrida em jogos oficiais: Palmeiras 0 x 6 São Paulo, em 26/03/1939, Campeonato Paulista, ou Palmeiras 0 x 6 Internacional-RS, em 28/03/1981, Campeonato Brasileiro; Maiores goleadas sofridas: Palestra Itália 0 x 7 Santos, em 03/10/1915, Amistoso Intermunicipal, ou Palestra Itália 0 x 7 Seleção Paulista, em 15/11/1917, Amistoso Municipal; Primeiro jogo como S.E. Palmeiras: Palmeiras 3 x 1 São Paulo F.C., em 20/09/1942 (jogo em que o Palmeiras foi campeão paulista de 1942).

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Documentário PRETO CONTRA BRANCO

Documentário PRETO CONTRA BRANCO – 2004 Roteiro e Direção de Wagner Morales / Pólo Imagem / TV Cultura de São Paulo Uma tradição de três décadas é o ponto de partida do documentário Preto contra Branco. O filme discute o preconceito racial no Brasil, usando como referência um "clássico" do futebol de várzea entre moradores de dois bairros periféricos de São Paulo. Desde 1972, um grupo de moradores do bairro de São João Clímaco e da favela de Heliópolis, maior favela da América Latina, organiza um jogo de futebol de brancos contra pretos no final de semana que antecede o Natal. Em uma comunidade altamente miscigenada, composta basicamente por mulatos, a peculiaridade da partida é a auto-atribuição da raça pelo participante. Cada jogador se declara negro ou branco e "escolhe seu time". A equipe do documentário passou uma semana entrevistando personagens, acompanhando o dia-a-dia dos bairros, em um processo que culmina no jogo. Trata-se de um verdadeiro ritual, no sentido antropológico, que serve para atenuar as tensões raciais locais ao mesmo tempo em que acaba por revelá-las.
Filme BOLEIROS 2 “ Vencedores e Vencidos” – 2006 Se o primeiro filme do cineasta Ugo Giorgetti sobre futebol era uma celebração do esporte e dos velhos tempos, nessa seqüência ele se mostra mais realista com a condição atual do futebol, e até mesmo mais duro e realista, romantizando menos. Mostra a decadência que toma conta do esporte e tudo o que o envolve; seus plantéis preguiçosos, juízes ladrões, marias-chuteiras, empresários e advogados. A trama se passa durante a inauguração de um bar que é famoso por ser freqüentado por jogadores de futebol do passado e que agora tem um novo sócio, um pentacampeão do mundo pela seleção brasileira e atacante milionário de um time europeu. Lá se encontram representações das mais diversas fases do futebol e mostra os conflito existente entre o passado, com toda a sua qualidade e pureza, e o presente, com todo seu dinheiro e artificialismo.

Filme - BOLEIROS " Era uma Vez o Futebol"

Filme BOLEIROS “Era uma Vez um Futebol” 1998
A força de Boleiros reside no contraste entre as arestas da vida cotidiana e a grandeza do mito É o melhor filme sobre futebol que eu já assisti. Sensacional.(Gilmar dos Santos Neves) Boleiros é um clássico em domingo de sol.(Mauro Beting). É certamente um dos melhores filmes brasileiros do último anos (Rubens Ewald Filho) Boleiros é um filmaço. Emocionante. Envolvente...(Maria do Rosário). Um brinde a Ugo Giorgetti e companhia pela maravilhosa homenagem que presta à nossa maior paixão. (Juca Kfouri) O grande trunfo de Boleiro á a abordagem reflexiva de alguém que entende de bola e é apaixonado pelo assunto.

Filme PELÉ ETERNO

Filme PELÉ ETERNO
Pelé Eterno é um documentário brasileiro de 2004 que conta a história e a trajetória de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, conhecido como o Rei do Futebol. O roteiro, escrito por José Roberto Torero com a colaboração do jornalista Armando Nogueira, foi dirigido por Aníbal Massaini Neto. Neste filme não são mostrados todos os seus 1284 gols. O filme vai se desenrolando através de uma narrativa cronológica, em que o Pelé fala sobre suas conquistas, os jogos mais importantes de sua carreira, ilustrados pelos principais gols de cada momento. Além dos gols, são exibidos dribles de rara técnica, com ambos os pés e lances famosos que não resultaram em gol. Completam o documentário, entrevistas de outros jogadores e de familiares. Quem não viu o Pelé jogar, deve assistir a esse filme para ter a real noção de porque ele é o Atleta do Século 20.

Documentário GINGA

Documentário - “GINGA”de Hank Levine, Marcelo Machado e Tocha Alves - 2006 "Ginga" mostra o cotidiano de dez jovens que sonham ser jogadores de futebol famosos e bem pagos -- sendo que dois deles já são profissionais. A equipe do filme percorreu doze cidades do Brasil durante sete meses em busca de personagens peculiares com esta mesma ambição. Entre os anônimos, os relatos são muitas vezes parecidos. Ou seja, trata-se de jovens de baixo poder aquisitivo que vêem no esporte a possibilidade de ascensão rápida. Como é o caso do paulista Paulo César, que trabalha como guardador de carros e, como diz seu pai, "se jantar num dia, não tem dinheiro para o almoço no dia seguinte". A equipe o acompanha durante treinos e uma "peneira" (teste de seleção) num clube paulistano. Nesse mesmo caso está também o carioca Romarinho, morador da Rocinha que se espelha na vitória de jogadores famosos, como seu xará, para traçar sua carreira. Em outra ponta do espectro, estão jovens de classe média. Sérgio é paulista e joga futebol de salão. A equipe do filme acompanhou um período de sua vida em que ele participou de diversos jogos, inclusive da final de um campeonato, enquanto espera uma chance para jogar no gramado. No time dos famosos entrevistados em "Ginga" está o jogador gaúcho Falcão, que após uma bem sucedida carreira no futebol de salão veio jogar no São Paulo Futebol Clube. O longa acompanha essa transição na sua carreira e os resultados. O último segmento do documentário promove um encontro entre o jogador e o astro Robinho, que depois de despontar no Santos foi jogar na Europa. Enquanto o trio de diretores de "Ginga" preza pelo apuro visual, com fotografia caprichada, edição frenética, eles deixam de lado o conteúdo humano do filme, que é onde estaria a força deste documentário. O longa acaba desperdiçando entrevistados interessantes sem se aprofundar nas suas histórias. O carioca Wescley perdeu uma perna num acidente, mas isso não o impede de jogar de muletas e treinar para as Para-olimpíadas. Ele, por si só, justificava um filme inteiro, mas aqui não tem nem os seus quinze minutos de fama. O mesmo acontece com o amazonense Celso, que treina futebol à beira-mar, com campo e equipamentos improvisados, e participa do Peladão, o maior campeonato de futebol amador do mundo. Esse rebuscamento estético faz "Ginga" parecer mais um comercial de quase uma hora e meia. Levando em conta que o filme tem como um dos patrocinadores uma famosa empresa de produtos esportivos, não será nenhuma surpresa se o longa for dividido em segmentos e exibido nos intervalos nos jogos do Brasil durante a Copa. (Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

terça-feira, 15 de abril de 2008

Sandro França

Paraná, belo gol, pelo blog... só de ver já senti saudades dos domingos embaixo de sol, correndo atrás da redonda...Outro dia vi de re-lance um jogo em um campinho na ponte da anhaguera...Enquanto houver espaço, existirá fut. de várzeas. Acho que não com o mesmo clamour de antes mas sempre movidos pelo mesmo sonho de ser um craque.Olha a escalação:berinho no gol, carioca, etc Abraço, Sandro

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Carlos Prieto - Gigi doSite : www.giginarede.com.br

Caro Marco Parana Primeiramente, parabens não só pelo seu blog, como também, pelo seu mestrado. É extremamente gratificante quando há o reconhecimento por alguém de um trabalho do interesse comum._Eu estou nessa empreitada por capricho pessoal. _Pratico o esporte até hoje nas minhas peladas de final de semana quando me encontro com muitos jogadores de nossa saudosa várzea. Saudosa, porque lamentávelmente, está na UTI por falta de campos._Na verdade, além de contribuir para a memória do esporte em geral, quero também homenagear todos aqueles que se dedicaram de corpo e alma a a prática do desporto. Portanto, carregadores de saco, treineiros, massagistas, marcadores, armadores, mesários, árbitros, enfim, toda uma gama de pessoas que nunca tiveram o seu devido reconhecimento._Ambos, fazemos menções a dois grandes historiadores do nosso futebol, que dividiam entre sí o prêmio de Pena de Ouro do Estado de São Paulo - Thomas Malzoni e De Vaney.Portanto, acredito estarmos bem servidos em nossas buscas, isto porque ambos foram reconhecidos como os melhores por toda crônica desportiva deste país._ E, coincidentemente, onheço alguém que defendeu sua tese de mestrado também com o esporte, chama-se Célio Nori, que editou um livro bastante ilustrativo sobre a prática do esporte na sua forma lúdica...nome do livro: "Boleiros de Areia"._ Devo inaugurar o meu site muito em breve...www.giginarede.com.br, podendo ser visto apenas o espêlho. Um grande abraço Carlos Prieto - Gigi

domingo, 13 de abril de 2008

Breve História da Várzea Capitulo da dissertação de mestrado de Marco Antonio Paraná pela PUC São Paulo 2001 A difusão e o sucesso do futebol no Brasil foi rápido, e já na primeira década do século muitos queriam praticar esse esporte. Com o inconveniente de não contar com bolas apropriadas importadas, os garotos pobres improvisavam. Usavam bolas feitas de meias e recheadas de pano, bolas de borracha, enfim qualquer material que se prestasse à prática desse esporte era utilizado, até mesmo laranjas. Era comum ver meninos em luta pela bola em qualquer terreno vazio e plano, que pudesse ser utilizado como campo. Ainda que não fosse gramado, não tinha importância; todos queriam jogar futebol. Em São Paulo, o interesse da população pelo futebol se deu através propagação dos clubes de várzea. Esses clubes eram formados por operários, trabalhadores, Breve História da Várzea Capitulo da dissertação de mestrado de Marco Antonio Paraná pela PUC São Paulo
time de operario

Campo do Bangu 1914 , fabrica ao fundo

foto Francisco Carregal )sentado as esquerda) time do Bangu 1905 A difusão e o sucesso do futebol no Brasil foi rápido, e já na primeira década do século muitos queriam praticar esse esporte. Com o inconveniente de não contar com bolas apropriadas importadas, os garotos pobres improvisavam. Usavam bolas feitas de meias e recheadas de pano, bolas de borracha, enfim qualquer material que se prestasse à prática desse esporte era utilizado, até mesmo laranjas. Era comum ver meninos em luta pela bola em qualquer terreno vazio e plano, que pudesse ser utilizado como campo. Ainda que não fosse gramado, não tinha importância; todos queriam jogar futebol. Em São Paulo, o interesse da população pelo futebol se deu através propagação dos clubes de várzea. Esses clubes eram formados por operários, trabalhadores, gente comum que não podia entrar em clubes tradicionais como o Paulistano. Assim, a Várzea do Carmo, que se estendia desde o atual Parque Dom Pedro II e Glicério até o Pari, se transformava em campos de futebol onde, já em 1.903 eram disputados os campeonatos desses clubes.

Varzea do Carmos 1914

Dentro de poucos anos os grêmios e pequenos clubes se multiplicavam nos campos de capim da Várzea. Em 1.914 o terreno foi aterrado dando origem a campos de terras vermelhas, e à mais próspera do futebol varzeano com os Argentino, Xl de Agosto, Herói das Chamas, Lira, Botafogo, Jaceguay, etc. ( antigos times de futebol ). Os mais antigos eram o Aliança e o Domitila, que eram rivais. O Paraíso e o Diamantino eram constituídos por jogadores negros. Tomás Mazzoni sintetizou bem esse fenômeno; “A Várzea era o início da carreira de clubes e jogadores. Foi a Meca do pequeno futebol. Por isso, seu nome ficou sempre como (...) prefixo do futebol dos bairros” Nesse período a Várzea se torna fornecedora de craques para os grandes clubes da primeira divisão. Os jogadores eram atraídos por empregos em empresas de algum sócio do clube, onde não precisavam trabalhar tanto, às vezes nem trabalhar, bastava se dedicar mais ao futebol, fazer o clube vencer. Surgiram os prêmios, os presentes, as propinas dadas aos jogadores pela vitória. A época do futebol para moços de família estava acabando e começava a ter início o falso amadorismo. O que realmente estava acontecendo é que o futebol se popularizava cada vez mais. Grande parte dos amantes do futebol, habitantes das duas maiores cidades do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, já se identificava com um clube de futebol. E queria ver a sua vitória, acompanhando-o, defendendo-o. O significado da palavra Várzea,é o nome que as pessoas davam as planícies férteis, cultivada num vale. Ou seja são terrenos que foram férteis um dia, mas devido ao crescimento da população urbana, esses terrenos foram transformados em campos de futebol de várzea, como espaço de lazer das periferias das grandes capitais. MAZZONI, Tomás. História do futebol no Brasil. São Paulo, Edições Leia, 1.950, pág. 20.gente comum que não podia entrar em clubes tradicionais como o Paulistano. Assim, a Várzea do Carmo, que se estendia desde o atual Parque Dom Pedro II e Glicério até o Pari, se transformava em campos de futebol onde, já em 1.903 eram disputados os campeonatos desses clubes. Dentro de poucos anos os grêmios e pequenos clubes se multiplicavam nos campos de capim da Várzea. Em 1.914 o terreno foi aterrado dando origem a campos de terras vermelhas, e à mais próspera do futebol varzeano com os Argentino, Xl de Agosto, Herói das Chamas, Lira, Botafogo, Jaceguay, etc. ( antigos times de futebol ). Os mais antigos eram o Aliança e o Domitila, que eram rivais. O Paraíso e o Diamantino eram constituídos por jogadores negros. Tomás Mazzoni sintetizou bem esse fenômeno; “A Várzea era o início da carreira de clubes e jogadores. Foi a Meca do pequeno futebol. Por isso, seu nome ficou sempre como (...) prefixo do futebol dos bairros” Nesse período a Várzea se torna fornecedora de craques para os grandes clubes da primeira divisão. Os jogadores eram atraídos por empregos em empresas de algum sócio do clube, onde não precisavam trabalhar tanto, às vezes nem trabalhar, bastava se dedicar mais ao futebol, fazer o clube vencer. Surgiram os prêmios, os presentes, as propinas dadas aos jogadores pela vitória. A época do futebol para moços de família estava acabando e começava a ter início o falso amadorismo. O que realmente estava acontecendo é que o futebol se popularizava cada vez mais. Grande parte dos amantes do futebol, habitantes das duas maiores cidades do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, já se identificava com um clube de futebol. E queria ver a sua vitória, acompanhando-o, defendendo-o. O significado da palavra Várzea,é o nome que as pessoas davam as planícies férteis, cultivada num vale. Ou seja são terrenos que foram férteis um dia, mas devido ao crescimento da população urbana, esses terrenos foram transformados em campos de futebol de várzea, como espaço de lazer das periferias das grandes capitais. fonte:MAZZONI, Tomás. História do futebol no Brasil. São Paulo, Edições Leia, 1.950, pág. 20.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

creditos: Todas as fotos são do site PORTAL DA MOOCA www.portaldamooca.com.br

Para matar um poco a saudade de velhos times, no tempo em que a bola de couro durorolva nos campos da Mooca, Bom Retiro, Santana , etc. As toquinha usadas pelos jogadores mais vaidos e faziam parte do uniforme deste esporte Bretão na cidade. O futebl chegou em São Paulo no inicio do século passado na mala de um filho de ingleses que acabara de chegar dos estudo da europa.
Charles Miller, nascceu no bairro do Brás em São Paulo, aos nove anos de idade viajou para Inglaterra para estudar. Lá tomou contato com o futebol e onde praticavam muito este esporte na escola onde estudou com seu irmão.
Charles Miiler retorna ao Brasil em 1894. E ja 1895 foi realizado a primeria partida de futebol no Brasil na cidade de São Paulo entre funcionários de empresas inglesas. Os funcionários também eram de origem inglesa. Isso facilitava muito por galar a linha e saber as complicadas regras recem chegadas. Este jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY.
Charles Miller
Fluminense FC Foto cedida por Antonio J. Desena
CBD F.C
Hugo do Canto da MoocaCairu F.C.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Comunidade da Linha

Sala de Estar= Várzea=espaços públicos=prazer

Tive o prazer de produzir mais um belo trabalho da artista plástica Tatiana Ferraz em parceria com a artista mineira Louise Ganz cujo tema foi intervenção urbana em São Paulo. Uma espécie piquenique em plena Avenida Politécnica na beira de um córrego Jaguaré muito poluído. Artistas e acadêmicos participaram do frango com farofa a convite da artista. No cardápio o tradicional frango com farofa, refrigerantes e cervejas, servido em talheres, copos e pratos laranja em inusitados moveis projetados pela própria artista. Isso sem falar no tapete vermelho que se destacava com o verde da grama e o concreto do córrego Jaguaré muito poluído. Um protesto muito bem humorado e inteligente, marca registrada em seus trabalhos. Quem teve a oportunidade de apreciar um pouco do trabalho, que esteve exposto em uma coletiva no Itaú Cultural Paulista, na mostra QUASE LIQUIDO com curadoria de Cauê Alves, com o nome de Sala De Estar pode perceber que não só o fim das praças com também dos campos de várzeas estão presentes em reflexões em diferentes correntes de pensamentos. Em minha opinião este trabalho serve como alerta tanto para a sociedade como para os órgãos públicos, pela escassez dos espaços de sociabilidade na cidade. São Paulo como muitas outras capitais, vem se reurbanizado desde a década de 50, não para as pessoas mais sim para os milhares de automóveis. com o nome de Sala De Estar pode perceber que não só o fim das praças com também dos campos de várzea estão presentes em reflexões em diferentes correntes de pensamentos. Em minha opinião este trabalho serve como alerta tanto para a sociedade como para os órgãos públicos, pela escassez cada vez maior dos espaços de sociabilidade na cidade. São Paulo como muitas outras capitais, vem se reurbanizado desde a década de 50, em cidades para carros e não mais para pessoas. E assim desaparecem campos de várzeas e praças publicas. Surgem gigantescos edifícios e espaçosos estacionamentos. Mais uma vez meus parabéns Tatiana Ferraz e Louise Ganz. Que viva a várzea e as praças!!! Marco Paraná .

Carlos Pimenta

Paraná, meus parabéns! Boa iniciativa. Abraços, siga em frente. Carlos Pimenta

Pedro Sales

Boa bola, Paraná o blog está bonito e parace que vai levantar poeira. Se conseguir recuperar, vou atrás, mando um material (tem até super 8) sobre o Astral - timaço de Campinas, do qual eu era zagueiro titularíssimo; vai tempo. Parabéns e saudações Pedro Sales

Cassio França

"Paraca, quero te parabenizar pela iniciativa. São atitudes como essa que preservam a nossa identidade cultural. De saída, já faço uma pergunta: Como anda o velho e bom "Desafio ao galo"? Abraço,Cassio"

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Um cara chamado Palito

Amigos varzeanos, Se tem um jogador que com certeza nunca esqueceria na minha vida este mestre da bola vermelha se chama Palito. Um camisa dez, que jogava no time Vila Harding do bairro Tremembé zona norte de São Paulo. Tinha uma elegância com a bola que dava gosto de assistir cada passe saído dos pés deste mestre varzeano. Viva o futebol de terra batida que ainda cria craques invisíveis como Palito, onde sua fama simplesmente permanece nas memórias dos apaixonados pro este esporte amador.

Comunidade da Linha - Um curta experimental de Bruno Garibaldi e Marco Parana

Lembraças da varzea

Desde pequeno tenho uma ligação muito especial com o futebol de várzea e seus humildes freqüentadores. Espero que neste blog eu possa contribuir com historias sobre este universo e também trazer informações culturais e curiosidades sobre este mundo tão fascinante que ainda vem resistindo às diversas agressões do chamado mundo moderno. Conto com vocês amante do futebol para manter este blog vivo durante um bom tempo. Então, ta lançao o desafiao: NO TEMPO DO TERRÃO. Abraços, Marco Paraná